Por Nandy Martins
Infelizmente a música brasileira não possui mais conteúdo, mensagens, poesias ou rebeldia com justa causa. As músicas não são mais utilizadas para defenderem ideais.
Muita coisa mudou e deixou saudades da época em que o Brasil tinha grandes compositores e cantores, como Renato Russo, Cazuza e Tom Jobim, sem contar as maravilhosas letras que traziam mensagens profundas, que se misturavam com tudo o que vivíamos e sentíamos...
Há muito tempo atrás, podíamos dançar ou escutar verdadeiras músicas.
Naquele tempo existiam verdadeiras canções, e hoje nos deparamos com a
triste realidade em que qualquer um, com ou sem dom, compõe, canta e faz
sucesso! Vivemos numa época em que o ridículo é muito bem aceito. Assim
vamos sendo obrigados a escutar hits como "tchê tchê Rere” ou “ai se eu te pego"
Esses dois hits citados são apenas dois exemplos
patéticos do quão ruim é o momento da música brasileira. O pior é que
esses sons estão dominando o país e as verdadeiras letras estão ficando
em segundo plano. Claro, não é? Já que o sucesso se alcança criando uma estrofe tosca e bolando um gingado mais tosco ainda.
A verdade é que as letras atuais são tão ridículas que não deveriam
ser chamadas de músicas. Parando de lamentar e tentando entender (se é
que é possível) como chegamos nisso? Como podemos ouvir ou dar ibope a
algo tão ruim?
A culpa em parte é do mercado da música, que passou a produzir dois
tipos de cantores: o comercial e o artista. Sendo que o primeiro é bom
porque faz um hit que estoura nas paradas de sucesso, como o rebolation.
Só que essa música, por ser um produto descartável, não será relembrada
por muito tempo. O segundo tipo é composto por aqueles que realmente
possuem talento, que são raros. Aqui entra a parcela dos outros
culpados: Nós, consumidores! Temos dado tanto ibope para diversas
porcarias que nem mais reconhecemos os bons artistas!
Enquanto mantermos essa postura não teremos grandes compositores ou
cantores, teremos apenas palhaços com suas músicas vergonhosas. Na
verdade, grandes sábios, não é? Porque o termo "palhaços" se encaixaria
melhor a nós, por sermos adeptos ao lixo que circula por aí!